quinta-feira, 20 de março de 2014

ALERJ REAGE RÁPIDO E MARCA PROTESTO EM DEFESA DO PARAÍBA

Do Blog Opiniões, de Aluysio Abreu Barbosa (aqui):

Alerj marca ato público em protesto contra projeto de Alckmin para o rio Paraíba


Ato público foi marcado para a próxima terça, dia 25, às 13h, na escadaria do Palácio Tiradentes, sede da Alerj
Ato público foi marcado para a próxima terça, dia 25, às 13h, na escadaria do Palácio Tiradentes, sede da Alerj

Presidente da Frente Parlamentar de Defesa da Bacia do Rio Paraíba do Sul, a deputada Inês Pandeló (PT) convocou a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quinta-feira (20/03), para um ato público contra o projeto do governo paulista de transposição das águas do principal rio fluminense. O protesto será na próxima terça-feira (25/03), às 13h, na escadaria do Palácio Tiradentes.
Pela proposta defendida pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o Paraíba do Sul seria interligado ao sistema Cantareira, que abastece a região metropolitana daquele estado. Segundo Inês Pandeló, o estudo encomendado pelo Governo paulista distorce a realidade ao considerar dados desde 1951 — e não apenas informações do atual cenário de estiagens que atinge o Rio de Janeiro. “Eu venho falando disso há muito tempo. Parecia alarmismo e não era. O Comitê da Bacia do Paraíba do Sul, que reúne órgãos governamentais e ONGs, tem um estudo recente que alerta para o risco que corremos no cenário atual. O estudo paulista puxa uma série histórica desde 1951, de tempos de cheias, diminuindo o risco de desabastecimento aqui. O perigo existe e é real”, disse a deputada.
Além disso, a Frente promoverá uma audiência pública no próximo dia 31 para tratar do assunto. A petista, no entanto, não foi a única a protestar contra o projeto do governo do estado vizinho. Roberto Henriques (PSD) classificou a proposta como descabida: “Quando percebemos que São Paulo pretendia rasgar o pacto federativo, a deputada Inês Pandeló propôs a Frente para que não se permita qualquer prejuízo ao Rio de Janeiro por causa dessa medida insana”.
Henriques criticou, ainda, o pedido feito pelo Palácio dos Bandeirantes à presidente Dilma Rousseff, para que autorize a transposição do rio — que corta também São Paulo e Minas Gerais. “Numa medida descabida, o governo de São Paulo mostra desfaçatez de pedir apoio a esse projeto à Presidência da República. Isso é uma afronta à soberania da população do Rio de Janeiro. Sem qualquer cerimônia, querem barrar o Rio Paraíba do Sul”, disse o deputado.
Já Nelson Gonçalves (PMDB) lembrou dos prejuízos que a medida provocaria à economia das regiões Sul e Norte Fluminense: “Prefeitos já falam em ir à Justiça porque esse projeto prejudicaria a captação de investimentos e a agricultura, por conta da irrigação. O dia 31 de março é o dia de defesa do Paraíba do Sul e vamos chamar a população e os deputados para evitar isso”. Comte Bittencourt (PPS), por sua vez, pediu calma no debate. “Não é possível tratar dessa polêmica como uma briga de torcidas. Se a Agência Nacional de Águas entender que essa é a saída para se minimizar os problemas de São Paulo, dou meu apoio como brasileiro e deputado deste estado. Precisamos manter os princípios federativos e da compreensão, porque somos todos brasileiros e o espírito fluminense é o da solidariedade. Se São Paulo precisar, vamos ajudá-los. Se um dia o Rio precisar, eles terão que nos ajudar. Mas não pode haver uma luta bairrista”, disse o deputado.

Da assessoria da Alerj.

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