domingo, 13 de abril de 2014

PROVISÓRIO OU PERMANENTE?



Do Professor Renato César Arêas de Siqueira:

Prezados,

há dias a Prefeitura deslocou o camelódromo para o Parque Alberto Sampaio, que essencialmente é espaço público de lazer, desvirtuando o uso e ocupação do solo, com atividades permissionárias que tem fins lucrativos. Imaginar que estes - camelôs - terão de volta o "seu lugar" após os gastos de aproximadamente R$ 10.000.000,00, na reforma do Mercado Municipal, é um verdadeiro tapa de luva em meio milhão de campistas! Com todo o respeito, esta reforma não deveria contemplar os camelôs, que, vejam só, são comerciantes bem sucedidos, não justificando tratamento diferenciado/subsidiado para o desempenho de suas atividades laborais. Há prédios obsoletos ou em desuso (Rua Treze de Maio, por exemplo), na área central que poderiam abrigar estas atividades, como é feito no Centro de São Paulo, Rua 25 de Março. Estes comerciantes, além de terem as suas atividades regularizadas, como pessoas jurídicas, teriam os seus espaços a custos do mercado, subsidiados por um período ou não. É questão de legalidade e ordem.

Mas, o projeto "provisório" (êta risco de ser permanente), oferece riscos aos consumidores e comerciantes do "Camelódromo", inclusive o de estarem submersos pelas enchentes históricas no trecho da carta topográfica do município, onde era a outrora Lagoa do Furtado. Para remediar a situação, apenas do trânsito - as enchentes não têm problemas, que aprendam a nadar, deve pensar a Prefeitura - o IMTT, inventou e implantou o ECA - Enviesado de Concreto Almofadado, que não consta de nenhum manual ou técnica de urbanismo. Os "DAS" da Prefeitura, tentaram vir em socorro chamando ECA de "Traffic Calming". É "brinqueichion!!!

Apesar de todos os transtornos, para pedestres, comerciantes e o trânsito, o ECA, continua lá, impassível, teimoso, deitado! Não sairá de lá, assegura teimosamente o pessoal do IMTT, mais perdido do que bailarino em campo de futebol. Deveriam assumir o equívoco, e responsavelmente adotar soluções viáveis para o problema criado desde a implantação do "Camelódromo".

Uma dica: a reforma do Mercado Municipal, que inclui o entorno, Parque Alberto Sampaio inclusive, é para ser debatido com a Sociedade Campista, para fins de atividades de lazer e culturais, pois, esta não merece ter a monstruosa cobertura de chapa galvanizada substituída por um monstrengo que a cada mexida se torna uma ECA!!!

Abç.,

Renato César Arêas Siqueira
arquiteto e urbanista
perito técnico
professor bolsista UENF

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